O tititi da semana passada – e desta também – girou em torno das eleições. Como sempre, todo mundo querendo saber em quem seus conhecidos iriam votar: seja por mera curiosidade, por querer ter mais opções de candidatos ou até mesmo para implicar com o voto alheio - “Vai votar no sicrano? Deus me livre! Tá louco!”
Nesta eleição só em cima da hora decidi em quem votar. Mas posso dizer que votei confiante, pois os candidatos que escolhi têm (quase todos) um bom histórico e é bem provável que eles façam o que eu espero deles. (rs)
A dicotomia entre a promessa e a realidade do mandato, aliás, fez uma baixa nas minhas preferências este ano, pois já há duas eleições eu votava no mesmo deputado federal. Na última eleição resolvi assinar o boletim eletrônico do dito cujo e, passado algum tempo, fui percebendo que, apesar de todo a aura de esquerda combativa que ele sempre teve, o sujeito não faz quase nada. Sabem aquelas obras de arte conceituais, tipo Marcel Duchamp, que você leva horas tentando entender o que o artista quer dizer? Pois então, o tal deputado faz o que eu chamaria de...política conceitual: encontros sociais, vários debates, mas projeto que é bom, necas de pitibiriba. Por isso este ano resolvi mudar meu voto.
A mobilização política ainda é algo muito distante do brasileiro, e eu tiro isso por mim: após umas duas eleições votando nulo, passei a votar novamente. Com o passar dos anos, fui me animando a ponto de querer saber o que os meus eleitos estão fazendo e, se possível até, conhecê-los pessoalmente (conforme tive a oportunidade, nesta eleição, de conhecer o meu candidato a deputado estadual), pois acho importante, após as eleições, saber o que faz a pessoa que está lá no governo lhe representando.
Quando disse que fiquei duas eleições sem votar foi por puro trauma, pois quando jovem eu era super entusiasmada, participava de reunião de associação de moradores, reunião de sindicato e o que mais tivesse. Mas, para minha tristeza, sempre havia meia dúzia de gatos pingados nestes eventos - a exemplo de tantas outras reuniões que cuidam dos interesses de um grupo, como reunião de condomínio e de pais na escola. Com o tempo isso foi me desanimando de uma tal maneira que contaminou também a minha mobilização política. Mas graças a Deus, mudei de ideia. Hoje fico feliz de ter feito esta opção, pois o descaso pela política faz com que percamos a noção de como o nosso voto é importante para nossas vidas mudarem. Nem que seja a longo prazo.
Clap, clap, clap, aplaudindo de pé. Isso é que é voto consciente. Amei!
ResponderExcluirMarcante nessa eleição foi, sem dúvida, a "cara de pau" do Judiciário em não definir a data de início do Projeto Ficha Limpa...
ResponderExcluirA comparação com a arte foi infeliz...qto ao povo não se engajar em nada no Br é pq els só estão interessados em Jesus e novelas (qdo digo povo digo de rico a pobre)
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