Vocês devem ter ouvido falar que os hotéis cariocas já atingiram 90% do limite de ocupação para aRio+20, que acontece em junho no Rio de Janeiro. Por isso, o prefeito Eduardo Paes pretende lançar uma campanha para incentivar os cariocas a hospedar os participantes que vêm especialmente para a conferência. E isso é só um “esquenta”, pois depois teremos a Copa do Mundo e as Olimpíadas, ocasiões onde o carioca poderá obter um rendimento extra considerável caso decida hospedar um turista.
Tenho verdadeiro fascínio em conhecer outras culturas e embora nunca tenha saído do Brasil (chuif!) tive a oportunidade de conhecer vários estrangeiros e manter contato com brasileiros que moram lá fora.
Na foto ao lado, que já tem alguns anos (rs), apareço ao lado de uma conhecida minha e de um egípcio, que, na época, eram alunos do curso de Português para Estrangeiros da PUC. Nesta reunião estavam presentes, entre outros, um padre polonês, um casal de chineses e duas meninas da Nova Zelândia. Imagina a babel! ;o)
Esta minha atração pela cultura alheia me fez colecionar experiências e opiniões sobre cada uma, que compartilho, agora, com vocês.
Alemães:
- Os que conheci certa vez me contaram que em seu país é comum as pessoas cursarem faculdade depois de terem tido alguma experiência de trabalho e/ou viajado, pois isso facilita na hora de escolher a profissão.
Levei um deles para um city tour diferente, que incluía o Sambódromo, o Saara e até provar sardinha frita num dos botecos do Beco das Sardinhas, no Centro do Rio. O cara adorou! Nesta última parada, perguntei se ele conseguia distinguir a diferença da sonoridade entre a fala do dono do bar, que era português, e a nossa, brasileira. Sem pestanjear, ele respondeu que a nossa era mais bonita. ;o)
- Numa outra ocasião, fiz amizade com duas moças alemãs, sendo que uma delas chegou a ficar hospedada um dia na minha casa. Sua aparência era um tanto quanto peculiar: grandona, andava pra cima e pra baixo com um daqueles mochilões enormes nas costas. Apesar de grandalhona, usava duas tranças no cabelo, o que lhe conferia um ar meio infantil. Achava engraçado ela me chamar de “Vilmon” (ela não conseguia pronunciar Vilma).
Já a outra tinha longos cabelos pretos e não parecia em nada com o estereótipo de uma alemã. Tanto que chegaram a perguntar qual de nós duas era a alemã.
Americanos:
- Também já banquei a guia de turismo com um americano. Na sua passagem pela cidade maravilhosa dois fatos lhe chamaram a atenção. O primeiro foi ter sido revistado por policiais. Do nada. Ele não entendeu o porque e me perguntou se era porque ele estava de bermudas e sandálias havaianas tarde da noite (quando voltava pro hostel). Não soube lhe responder.
A outra lembrança que ele levou daqui foi ter sido comparado ao ator Reinaldo Gianechini por uma das “moças” que batia ponto na boate Help, em Copacabana (demolida para dar lugar ao Museu da Imagem e do Som). Ele queria porque queria ver uma foto do ator para confirmar se eles eram mesmo parecidos. Já a minha preocupação era se ele tinha usado camisinha com a tal “moça”. (rs).
- Este Gianechini americano eu conheci através de um amigo brasileiro que mora há séculos nos EUA e que já viajou por vários países. Uma vez ele procurou outro lugar para morar e escolheu…Portugal, onde mantinha alguns contatos de negócios. Mas, segundo ele, os portugueses tem um jeito meio conservador de ver as coisas, o que o levou de volta pra terra do Tio Sam.
Como o que é bom pra um não é para o outro, cito o caso de um outro amigo que, apesar de ter nascido nos EUA, mora em Londres há mais de 20 anos exatamente porque…veja você…não conseguiu se adaptar ao way of life americano. Mas adora a cultura brasileira e chegou a fazer um filme com o nosso Martinho da Vila.
Franceses:
O primeiro contato que tive com um francês me deixou um tanto quanto traumatizada. Explico: eu o conheci já não me lembro como e resolvemos ir a um show juntos. Ao sair do show fomos pegar o ônibus de volta pra casa…isso lá pelos anos 80. Ao ver o seu ônibus passando sabe o que ele fez? Me deu um tchau e foi embora, me deixando sozinha às 3 de la matina em plena Praça XV.
A segunda experiência não foi menos…como direi?…estranha. Desta vez foi com o hóspede de uma amiga. Quando o cara chegou na sala, para se apresentar, o cheiro de cecê era de doer! Perguntei pra minha amiga como ela estava lidando com a situação, e ela disse que havia pensado seriamente em comprar uma máscara de forma a dar a entender ao seu hóspede que ficar sem tomar banho na França é normal, mas aqui, com o nosso verão saariano, não tem a menor lógica.
Fora isso, no entanto, tenho a maior paixão pela França. Não só eu, mas acho que todo mundo. Eles tem o idioma mais bonito do mundo e a gastronomia mais interessante. O charme de Paris exerce uma atração à qual me parece difícil resistir, vide “Meia noite em Paris”, de Woody Allen.
A possibilidade de conviver com a diversidade cultural e de costumes é que me faz achar muito gratificante ter contato com gringos. E se você, caro leitor(a), pensa da mesma forma e tem um cantinho na sua casa que está sendo subutilizado, que tal pensar na possibilidade de abrigar um destes nossos irmãos estrangeiros? ;o)
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