16 maio, 2008

Falun Dafa nos jardins do Museu da República

Há alguns meses, eu vinha planejando ir ao Museu da República, no Catete, para conhecer melhor o Falun Gong ou Falun Dafa, nome pelo qual é mais conhecida esta prática oriental cujos movimentos lembram o tai chi chuan.

Todo sábado, às 9h, algumas pessoas costumam se reunir nos jardins do Museu para praticar e conhecer melhor esta prática criada em 1992 por Li Hongzhi, e que, em poucos anos, angariou mais de 100 milhões de adeptos na China, número que ultrapassava, na época, o de membros filiados ao Partido Comunista chinês.

Com a crescente popularidade do Falun Dafa, o governo comunista da China, antes um incentivador desta prática, acabou sentindo-se ameaçado pelas proporções alcançadas pelo Falun Dafa e em 1999 proibiu a sua prática.

Atualmente, quem insiste em praticar o Falun Dafa na China corre o risco de ser demitido de seu emprego, ser expulso das escolas e universidades, encarcerado sem julgamento legal, internado em hospitais psiquiátricos, parar em campos de trabalhos forçados, e a assinar, sob tortura, declarações de renúncia ao Falun Dafa. Isso sem mencionar o risco de ser assassinado.*

Esta história toda eu fiquei sabendo durante o Fórum Social Mundial, que este ano foi realizado em várias cidades, e aqui no Rio aconteceu no Aterro. Lá havia um estande do Falun Dafa, e nos gramados vi algumas pessoas exercitando a prática. Fiquei curiosa e pensei em, assim que tivesse um tempinho, ir lá nos jardins do Museu conhecê-la mais de perto. E assim o fiz.

A Márcia e o Felipe, como todos os outros ‘professores’, são voluntários. Aliás, algo que me chamou a atenção é o fato de tudo ser “de grátis” no Falun Dafa. A prática, o curso, os livros, o cd, tudo. Porque esta é exatamente a vontade de seu criador: que o Falun Dafa estivesse disponível para TODOS, sem exceção.

A Márcia contou que, em busca de uma paz interior, já havia tentado algumas religiões, mas que ao encontrar o Falun Dafa, esta busca finalmente teve fim.

Os exercícios, posso dizer, são simples. Realmente lembram o tai chi chuan. São lentos e belos. O único que me deixou meio “prejudicada” foi o último, onde tenta se equilibrar a energia positiva e negativa do corpo. Mas explico: o problema não foi o “tráfego” de energia, mas sim o “abaixa e levanta”, que penalizou os meus pobres joelhos sedentários. Mas, como disse a Márcia, nós temos de sofrer um pouco para alcançar um estágio mais avançado.

Esqueci de mencionar que antes dos exercícios, cada um dos presentes lê alguns parágrafos do livro que explica os movimentos que faremos e qual a filosofia contida neles. Interessante.

É um programa bacana, que ainda te permite, ao terminar a prática, comer um pãozinho de queijo acompanhado de um cappuccino na cafeteria que fica no pátio do Museu da República.

Saiba mais sobre o Falun Dafa e outros lugares de prática no RJ:http://www.falundafa.pro.br/


* O Falun Dafa consiste em um conjunto de práticas milenares chinesas, antes restritas somente aos grandes mestres, e que seu fundador, Li Hongzhi, tornou acessível ao público em geral. A prática consiste em alguns exercícios físicos específicos, meditação e leitura, e que têm como base os princípios da Verdade, Benevolência e Tolerância.

O Falun Dafa tira numerosas referências da Escola Buda e da Escola Tao e, também, de outras tradições chinesas para explicar os seus princípios. Entretanto, não é uma derivação ou um ramo das religiões Budistas ou Taoístas. É um sistema independente e não é uma religião.



(Quer fazer algum comentário? É fácil: clique em "comentários" logo no final deste post. Na tela de comentário, digite o seu texto e clique na opção "Nome/URL". Preencha só o seu nome e envie o comentário)

Aterro e Santos Dumont: mil e uma utilidades + programa de paulista no Rio

O Aterro do Flamengo, no meu entender, é um dos espaços mais diversificados em freqüência da Zona Sul carioca e uma verdadeira caixinha de surpresas. Lá você encontra de tudo: os aficcionados do aeromodelismo e automodelismo; massagistas; dezenas de maritacas voando pra lá e pra cá, um trecho de praias freqüentado só por travestis, perto da Marina da Glória; praticantes de artes marciais no gramado perto do MAM, japoneses da terceira idade praticando o gateball (acho que é este o nome do esporte que praticam), quadras de tênis, basquete (nestas ficam grupos de cerca de 5 homens ou rapazes tentando, em cada quadra, emplacar uma cesta), pista de skate etc etc etc.

Aos domingos, o Aterro fecha suas pistas para os carros, se transformando, assim, na melhor opção para os ciclistas, que, ao contrário das estreitas ciclovias de outras praias do Rio, têm um espaço enoooooorrrme para dar suas pedaladas.


Minha sugestão é que depois de ter praticado algum exercício por lá, a pessoa vá descansar ou ler um livro no deck que fica perto do Porcão (foto). Ou então faça uma massagem com um dos inúmeros profissionais espalhados ao longo do parque. Que tal com um que só faça massagem nas costas? Não estranhe: é isso mesmo.

Em seguida, indico um programa de paulista que no Rio de Janeiro vira uma delícia: ver os aviões decolando na cabeceira da pista do Aeroporto Santos Dumont. É simplesmente emocionante ver as aeronaves decolarem bem de perto e ouvir o barulho que fazem na hora de levantar vôo! Apesar do barulho, a ciclovia que circunda a cabeceira da pista – e que termina na Escola Naval – é um dos lugares mais silenciosos que eu conheço, e com uma vista divina da Baía de Guanabara, do Pão de Açúcar e da Fortaleza de Santa Cruz.

Assim como eu, tem gente chegada a este tipo de programa: eles levam cadeirinha e tudo para ficar sentados apreciando a vista e esperando as decolagens. A maioria é composta de ciclistas que resolvem esticar o trajeto até lá.

Cheguei a comentar sobre este “passeio” com algumas pessoas e fiquei surpresa de constatar que tem gente nem sabe onde fica a cabeceira da pista. Por isso, fiz questão de escrever este post para plagiar um velho slogan da Rede Globo de comemoração das passagens de ano: “invente, tente, faça algo diferente!” Nem que, a princípio seja um “programa de índio” como esse (rss). Você pode se surpreender.

De quebra, almoce no Barmam (foto), um bistrô em frente ao espelho d’água e jardins do MAM, que serve um quiche com salada bom e barato.

Bom programa!

Veja alguns vídeos de decolagem e pouso no Youtube:

Decolagem
http://www.youtube.com/watch?v=lRxI7IKe1xc&feature=related

Decolagem vista da cabine do piloto:
http://www.youtube.com/watch?v=-d_5A-bWNRY

Pouso:
http://www.youtube.com/watch?v=FH_1JjS1erQ


(Quer fazer algum comentário? É fácil: clique em "comentários" logo no final deste post. Na tela de comentário, digite o seu texto e clique na opção "Nome/URL". Preencha só o seu nome e envie o comentário)