
Todo sábado, às 9h, algumas pessoas costumam se reunir nos jardins do Museu para praticar e conhecer melhor esta prática criada em 1992 por Li Hongzhi, e que, em poucos anos, angariou mais de 100 milhões de adeptos na China, número que ultrapassava, na época, o de membros filiados ao Partido Comunista chinês.
Com a crescente popularidade do Falun Dafa, o governo comunista da China, antes um incentivador desta prática, acabou sentindo-se ameaçado pelas proporções alcançadas pelo Falun Dafa e em 1999 proibiu a sua prática.
Atualmente, quem insiste em praticar o Falun Dafa na China corre o risco de ser demitido de seu emprego, ser expulso das escolas e universidades, encarcerado sem julgamento legal, internado em hospitais psiquiátricos, parar em campos de trabalhos forçados, e a assinar, sob tortura, declarações de renúncia ao Falun Dafa. Isso sem mencionar o risco de ser assassinado.*
Esta história toda eu fiquei sabendo durante o Fórum Social Mundial, que este ano foi realizado em várias cidades, e aqui no Rio aconteceu no Aterro. Lá havia um estande do Falun Dafa, e nos gramados vi algumas pessoas exercitando a prática. Fiquei curiosa e pensei em, assim que tivesse um tempinho, ir lá nos jardins do Museu conhecê-la mais de perto. E assim o fiz.
A Márcia e o Felipe, como todos os outros ‘professores’, são voluntários. Aliás, algo que me chamou a atenção é o fato de tudo ser “de grátis” no Falun Dafa. A prática, o curso, os livros, o cd, tudo. Porque esta é exatamente a vontade de seu criador: que o Falun Dafa estivesse disponível para TODOS, sem exceção.
A Márcia contou que, em busca de uma paz interior, já havia tentado algumas religiões, mas que ao encontrar o Falun Dafa, esta busca finalmente teve fim.
Os exercícios, posso dizer, são simples. Realmente lembram o tai chi chuan. São lentos e belos.

Esqueci de mencionar que antes dos exercícios, cada um dos presentes lê alguns parágrafos do livro que explica os movimentos que faremos e qual a filosofia contida neles. Interessante.
É um programa bacana, que ainda te permite, ao terminar a prática, comer um pãozinho de queijo acompanhado de um cappuccino na cafeteria que fica no pátio do Museu da República.
Saiba mais sobre o Falun Dafa e outros lugares de prática no RJ:http://www.falundafa.pro.br/
* O Falun Dafa consiste em um conjunto de práticas milenares chinesas, antes restritas somente aos grandes mestres, e que seu fundador, Li Hongzhi, tornou acessível ao público em geral. A prática consiste em alguns exercícios físicos específicos, meditação e leitura, e que têm como base os princípios da Verdade, Benevolência e Tolerância.
O Falun Dafa tira numerosas referências da Escola Buda e da Escola Tao e, também, de outras tradições chinesas para explicar os seus princípios. Entretanto, não é uma derivação ou um ramo das religiões Budistas ou Taoístas. É um sistema independente e não é uma religião.
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Falun Dafa é maravilhoso! Espero que mais pessoas conheçam esta prática e este meio de encontrar a si mesmo e a paz interior. Grandes coisas esperam a todos.
ResponderExcluirParabéns pela reportagem.
Que muito mais pessoas possam ser beneficiadas.
Alberto Fiaschitello. (praticante de Falun Dafa de São Paulo)
Falun Dafa é uma prática de cultivo muito linda e magnífica !
ResponderExcluirLer coisas boas sobre o Dafa me deixa emocionado.
Eu sou praticante do Rio de Janeiro e pratico sempre na lagoa aos domingos.
Realmente é uma prática de alto nível então exige de nós uma certa persistência.
Como sou grato, hoje estou muito mais tranquilo no dia-a-dia, tolerante com a família...
:)
Rapha