E lá vem o Natal...de novo!

Haja! Eu não sei vocês, mas o Natal me polui a alma. Quero dizer...o frenesi da data: gente pra tudo que é lado comprando tudo o que vê e o indefectível amigo oculto, que te obriga a queimar a mufa pra descobrir que raios de presente vai agradar ao sorteado que, em geral, você não faz a menor ideia do que gosta. Isso sem falar nos 299 mil telefonemas que você tem de dar e mais tantos cartões (ainda se usa isso no tempo do email?) que você tem de enviar. Enfim...uma maratona digna de nota.

Pra mim Natal tinha de ser uma reunião de pessoas muuuito chegadas (entre membros da família e/ou amigos) para um jantar tranquilo. E para ficar mais divertido e bacana, ter crianças à volta. São elas, aliás, a única justificativa, na minha opinião, para se fazer algo mais do que uma simples reunião. A inocência de acreditar em Papai Noel é tudo! (será que as crianças de hoje ainda acreditam no Bom Velhinho? Afinal num mundo em que as meninas já falam abertamente sobre sexo aos 13 anos de idade acho que a pergunta procede.rs) Presenciar a curiosidade das crianças por esta figura mítica é uma delícia.

A coisa toda degringola quando o objetivo passa a ser apenas dar e receber presentes. E infelizmente parece que foi a isso que se resumiu o Natal. 

Para tentar sair um pouco deste modus operandi, que tal organizar uma feira de trocas no dia de Natal? Quer comprar presente, compra, mas peça aos convidados para trazerem algo que não querem ou não usam mais para trocar com os demais. Garanto que vai ser interessante (na crônica “Você se importa”, escrita em junho deste ano, há um relato sobre uma Feira de trocas)

Outra sugestão bacana é fazer umas brincadeiras para que os adultos possam resgatar um pouco do espírito infantil, que é o grande barato do Natal. Abaixo listo duas que podem ajudar vocês a passar uma noite divertida (*).

Amigo Secreto da Kilza

Peça para todos os participantes da brincadeira trazerem fotografias de quando eram bebês. Na hora da revelação, entregue um envelope para cada um, peça que coloquem suas fotos dentro dos envelopes e na aba que fecha o envelope, na parte de dentro, a pessoa deve escrever o nome do seu amigo secreto. Depois recolha os envelopes e disponha-os todos numa mesa. Instrua que cada um pegue o envelope com seu nome e veja a foto, tentando adivinhar quem lhe tirou. Pode-se estabelecer um número de chances para errar e depois disso a pessoa paga algum mico.

A Cor do Abraço

Entregue a todos os participantes papeizinhos escrito BRANCO. Explique que vai falar diversas cores e quem tiver a respectiva cor, vai levantar e dar um abraço no colega que tem a mesma cor. Como em os papéis todos estão escrito apenas BRANCO - e os participantes não o sabem disso -  ficam esperando o orientador dizer a cor que está em seu papel. E ele vai falando diversas cores: amarelo, azul escuro, vermelho, rosa, etc. Nada de ninguém levantar. Até que ele finalmente fala BRANCO. Todos dão um pulo da cadeira e se abraçam desejando-se um Natal de Paz. 

Bom, espero ter dado minha modestíssima contribuição para sair um pouco do rame rame habitual que insiste em nos rodear nesta época do ano e que todos nós possamos ser, só desta vez, um Papai Noel diferente.

* mais brincadeiras podem ser acessadas neste blog