As UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) já estão presentes em sete comunidades cariocas, sendo a mais recente a do Morro da Providência, onde, aliás, surgiu a primeira favela da cidade (só de curiosidade: vocês sabem qual é a origem do nome favela? Vejam a explicação na história do “Morro da Providência’ => aqui). Li que a Tijuca, que é cercada de favelas por todos os lados, será o próximo bairro a receber uma UPP. Enquanto isso não acontece, 200 policiais do Bope já estão ocupando as comunidades locais.
A foto ao lado, publicada pelo jornal O Dia desta sexta-feira, me chamou a atenção: um menino morador do Borel pede autógrafo aos policiais do Bope. Ao ver a foto, me ocorreu se esta imagem, por um acaso, seria um prenúncio de novos tempos. Uma esperança de novos ídolos para esta criançada talvez?
Tomara! Mas está claro que esta intervenção policial só irá funcionar, de fato, se houver a presença do Estado também em outras áreas, principalmente a de infraestrutura. Obviamente que os moradores terão de pagar por estes serviços, mas ser um cidadão não significa apenas exigir seus direitos, mas também cumprir com os seus deveres, dentre eles o de pagar impostos.
Lembro de uma aula de cidadania à qual compareci uma vez no Morro Dona Marta. Super interessante. Lá os moradores aprendiam noções básicas e nem tão básicas do que significa ser um cidadão de verdade. Difícil esquecer da Nanã, uma das líderes locais, comentando comigo que antes do curso ela tinha vergonha de dizer onde morava; por isso sempre que lhe perguntavam o seu endereço ela respondia que morava em Botafogo (o que não deixa de ser verdade). Em seguida dava o nome da rua, mas enfatizando que morava em Botafogo e não especificamente no Dona Marta. Depois do curso, ela não só assumiu o seu endereço como passou a exigir os direitos que ela nem sabia que tinha.
Eu penso que as UPPs, a exemplo deste curso, talvez possam ser um caminho para os moradores das comunidades conquistarem a sua cidadania, podendo finalmente cobrar do Estado os seus direitos – como, por exemplo, os serviços de infraestrutura (água, gás, luz, etc) – e ao mesmo tempo saber o que significa pagar por estes serviços.
O maior legado que as UPPs podem deixar para estes moradores, no entanto, é a paz: poder ir e vir sem se sentir ameaçado por traficantes ou sem estar no meio de um tiroteio de uma hora pra outra é algo que não tem preço.
Inclusive, em algumas comunidades pacificadas, rola umas atrações bacanas. No Dona Marta, por exemplo, foi realizado no ano passado o Mountain Bike Downhill e no Morro da Babilônia, no Leme (ao lado), é possível fazer uma trilha até o alto do morro, de onde se descortina uma vista lindíssima (eu já fiz esta trilha há muitos anos, antes das UPPs chegarem).
Quer saber mais sobre o que está acontecendo nas comunidades onde as UPPs estão presentes? Siga o UPP-Repórter.
Aí vai o link: http://upprj.com/wp/?p=256
Noite:
- Wagner Tiso e Hugo Pilger (Centro)
- Show do veterano gaitista Mauricio Einhorn (Centro)
- "New York Night”. Para dançar Lindy Hop, com direito a Aula antes (e também de Salsa). (ver detalhes no site Bairro das Laranjeiras)
Manhã:
- Orquídeas no Jardim (Jardim Botânico)
- Expô “Quanta Energia! - Energia Nuclear” (Botafogo)
Tarde:
- Orquídeas no Jardim (Jardim Botânico)
- Expô “As construções de Brasília” (Gávea)
Noite:
- Ballet Carmen (Centro)
- Cineclube Baukurs. Filme deste sábado: “A cor do Paraíso” (Jardim Botânico)
Manhã:
- Respira Brasil (Ipanema, Lagoa, Leme e Niterói)
- Orquídeas no Jardim (Jardim Botânico)
- V RioHarpFestival (Aterro)
Tarde:
- Ballet Carmen (Centro)
Noite:
- descansar, que ninguém é de ferro (rss)
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ATRAÇÕES QUE EU ACHO QUE DEVEM VALER A PENA
- Wagner Tiso e Hugo Pilger. Na Academia Brasileira de Letras — Teatro R. Magalhães Jr. (nesta 6ª)
DESTAQUES-MISCELÂNEA:
- Mundo Lance! A exposição sobre a Copa do Mundo com palestras, filmes e debates e também pebolim, futebol de botão, Fifa Soccer e um quiz com perguntas sobre as copas com prêmios para quem acertar mais respostas. No Forte Copacabana (até 23 de maio)
- Respira Brasil. Na Avenida Vieira Souto, em frente à Rua Vinicius de Morais; no Parque do Cantagalo (próximo aos pedalinhos da Lagoa); no Posto 2 e na Marina, em Niterói (entre São Francisco e Charitas, em frente à Igrejinha de São Francisco) (dom)
Amantes de Balé:
- Ballet Carmen, de Roland Petit Com o Balé do Teatro Municipal. No Teatro Municipal do Rio de Janeiro (sáb e dom)
Pequenos roqueiros:
- Matinê do Rock. Com a banda infant0-juvenil WWW. No Heavy Rock (dom)
INTERATIVIDADE:
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Comentários:
- Agradeço os comentários da SOCORRO e do DENIVAL sobre o post da semana passada (Frases que ficam na memória). Ao Denival eu digo que realmente não me ocorreu citar as frases que ele sugere, o que teria sido uma boa ideia. (rss).
Ambos os comentários podem ser lidos nesta página.
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Vilma Goulart
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Acho que a UPP foi , até agora, o melhor caminho para uma política de segurança pública séria (coisa difícil). Logicamente, a inclusão para outras coisas (educação, saúde, etc) deverá ser feita, mas sem a presença de tráfico armado (aliás, muitas pessoas confundem... acham que UPP deve combater tráfico de drogas. Puro engano, isso é trabalho da Polícia Federal, o que UPP, PM, BOPE (ostensivamente) e Polícia Civil (em linhas de investigação) combatem é o PODER ARMADO e a presença de traficantes. Afinal, drogas e tráfico existem no mundo todo e, infelizmente, sempre vão existir.
ResponderExcluirSem essa presença, fica mais fácil colocar saúde, educação, etc. Mas sem hipocrisia, há que se repensar a questão de infra-estrutura nas favelas, haja vista a tragédia ocorrida em decorrência das chuvas. Vale a pena investir nelas? Vale a pena remover para outros lugares? Assunto tabú, né? Fioca pra discutir em outro tópico do blog! rsrs Este aqui é sobre a UPP! ;)
Muitos questionam, porque até agora só Zona Sul e Tijuca (uma das áreas mais nobres) foram contemnpladas. além da CDD e Batan. Eu, como morador da Zona Norte, obviamente quero a ausência de tráfico aqui também. Mas entendo a estratégia do GERJ. As favelas da Zona Sul, são, de longe, os melhores e mais lucrativos pontos de venda de drogas da cidade. Então, o que está sendo feito é doer no bolso dos traficantes... ocupa-se primeiro as favelas pontos de venda e depois as favelas quartéis-generais (Alemão, Rocinha, Jacarezinho...). E essas sim, vão requerer muito efetivo, muita estratégia, etc... Se conseguirem, creio que a cidade dará um salto de qualidade de vida absurdo.
O pessoal critica também a estratégia de avisar a ocupação com alguns dias de antecedência, como vem sendo feito. O que querem ver é bandido morto ou preso. Eu acho correto que avisem, afinal, ninguém quer um confronto armado com balas perdidas matando inocentes(como já vimos tantas vezes)... aí a imprensa ai em cima falando mal da UPP e pode jogar o trabalho a perder.
Criticam o aumento de assaltos no asfalto (esse a meu ver, o problema mais sério até agora, junto alguns relatos de corrupção, devidamente punidos), mas creio que são efeitos colaterais passageiros. O bandido fica muito mais exposto a uma repressão na rua que na favela... muito mais arriscado. Um policiamento mais ostensivo creio que minimizaria esses problemas nas áreas.
Bom, tem muito a se falar sobre este assunto, acho que me prolonguei e fui até chato, né? rsrsrs
Enfim, bom falar e debater sempre, espero ter contribuído à discussão!
Bjsss
Oi Vilmoca, adorei o novo visual! Continue caprichando que vai ficar um luxo!
ResponderExcluirBjs!