22 outubro, 2010

Geralzona

Tem sexta-feira que pede uma happy hour, um”deixa rolar”, uma “molenguice” da moléstia (rs) Daí que resolvi fazer uma crônica picadinha hoje, só com impressões de alguns acontecimentos dos últimos dias.


Gaiarsa, um vovô à frente do seu tempo

O psiquiatra José Ângelo Gaiarsa morreu na semana passada aos 90 anos de idade. Talvez nem todos o conheçam, mas ele escreveu mais de 30 livros ao longo da carreira. Algumas pessoas, por certo, já devem tê-lo visto na tevê, pois constantemente era convidado para falar em programas, principalmente os matutinos, voltados para o público feminino. Sua visão de vida, no entanto, era muito peculiar, longe daquele rame rame tão comum nos programas voltados para este tipo de público.

Iconoclasta por natureza, o cara tinha opiniões muito interessantes. Lembro bem quando ele e a esposa, com quem vivia um casamento aberto, deram seu depoimento em um programa, falando, de forma muito sincera, sobre os prós e contras de viver este tipo de relação.

Pessoas como o Dr. Gaiarsa fazem falta, pois são  uma espécie de termômetro da hipocrisia, apontando os conceitos equivocados que a sociedade costuma nos impor e que, muitas vezes, nos fazem agir de forma oposta ao que, na verdade, desejamos.  

Para conhecer mais sobre o Dr. Gaiarsa, visite seu site: http://www.doutorgaiarsa.com.br/


Polícia para quem precisa de polícia

Semana passada uma amiga foi assaltada no Centro da cidade. Tínhamos acabado de nos despedir quando, minutos depois, lá vem ela de volta, contando que dois pivetes a abordaram e um deles levara sua bolsa. Recorremos a um policial que estava próximo para ver se ainda seria possível localizar os garotos. Na maior calma, ele nos disse em que delegacia deveríamos dar queixa. Surpresa com a pouca atenção que ele deu ao caso, pedi que passasse um rádio para os seus colegas que estivessem nas proximidades deixando-os de alerta em relação aos ladrões. Se eu não tivesse dado a sugestão, o representante da lei não teria movido uma palha.

Como se isso não bastasse, ao chegar à delegacia indicada por ele, nos informaram que a queixa deveria ser feita em outra delegacia. Fiquei plantada lá com a minha amiga para ver se eles agilizavam o processo por ali mesmo e, quando finalmente achamos que o registro da ocorrência estava resolvido, eis que a minha amiga novamente é informada que teria de ir à outra delegacia. Pasmas com a contradição de informações, comentávamos o absurdo da situação, quando chega um outro funcionário e diz que não seria preciso ir à outra delegacia. Gente, que é que é isso?? Estas “delegacias legais” não foram criadas para serem o serviço de inteligência da polícia? Então cadê a inteligência, a comunicação interna? Quatro pessoas com quem falamos deram quatro orientações opostas para a fazer uma coisa simples, que é um R.O (Registro de ocorrência). Vamos combinar...não pode.

Tenho certeza que existem ótimos policiais e delegacias muito bem estruturadas, mas pela amostra que tivemos neste dia fica difícil descobrir onde encontrar este pessoal bem preparado.


 Divórcios aumentaram

Queria começar falando de uma notícia que li há poucos dias informando que o número de divórcios só faz aumentar depois que ficou mais rápido e barato se divorciar. Em São Paulo, por exemplo, os casos de divórcio aumentaram 149% depois de julho. Imagino, então, que tinha muita gente aí doida pra ver o parceiro pelas costas, mas como até então não tinha condições financeiras pra isso e sabia que o processo era demorado, acabou se acomodando ou adiando a decisão.

Não é incomum as pessoas se separarem com poucos anos de casada, mas confesso que fico surpresa quando pessoas que vivem juntas há mais de 20 anos decidem se separar, como foi o caso recente do ator Morgan Freeman e sua mulher, que dividiam o mesmo teto há 26 anos. É preciso muita coragem pra mudar radicalmente deste jeito depois de tanto tempo. Como dizia um conhecido meu: quando você já investiu tempo demais num casamento é melhor fazer ele dar certo, pois a relação custo-benefício no caso de uma separação não é das melhores.

Quando se é casado há pouco tempo, no entanto, esta relação parece ainda não ser tão danosa. Nunca esqueço de uma chefe com quem trabalhei que me convidou para o seu casamento. Tive o trabalho de comprar um presente, um vestido para ir à cerimônia, fazer cabelo, mão, pé, enfim....A igreja era tão grande que tinha três fileiras de bancos. Só que esta papagaiada toda foi para um casamento que durou exatos...6 meses! Juro que pensei em pedir o presente de volta.Afinal, com apenas 6 meses de casamento até os convidados têm direito à partilha de bens,  né não? . ;o)

4 comentários:

  1. Puxa Vilma, coitado do "ex-chefe": além de terminar o casamento em 6 meses vc ainda ia pedir o presente de volta? (risos)
    Bjs!

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  2. Tão corajoso como Morgan Freeman foi meu pai que depois de 35 anos de casamento resolveu mudar não só o estado civil como de cidade... Ele não é inspirador? Não há idade para MUDAR.

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  3. kkk só podia ser geminiana para ser pão dura desse jeito, rs.

    Cara amiga, que pensamento mais comodista é esse?

    Como dizia meu pai, casamento se termina até na porta da igreja.

    E ele falava com conhecimento de causa.

    Quando conheceu minha mãe, por acaso, num ponto de ônibus, estava com o tal "batistério" no bolso e casamento marcado na igreja, mas com outra senhorita, rs.

    Dona Amélia, mulher de verdade, pirou o cabeção de seu Antonio que mudou os planos e quase deixou noiva esperando no altar...

    E nada se dá por acaso, afinal, dessa atitude inusitada, inesperada e digamos impulsiva, rendeu uma relação de até que a morte os separe, por 25 anos.

    Desse amor arretado, nasci euzinha, um doce de coco, né? ;O)

    Então amiga, não tem isso não, nada dessa história "tá ruim, mas tá bom".

    Bjs, bjs :O)

    PS: Salve Dr. Gaiarsa, gostava dos seus pensamentos compartilhados via TV, num programa na Band, na década de 90. Coroa esperto, admirável.

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  4. ..."Já pedi divorcio de todos os chatos, os de plantão e os eventuais, mas como não fui (bem) atendido, simplesmente atravesso a rua correndo (mesmo entre os carros) assim que vejo qualquer um deles"...

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